Use franja já!
A franja continua em alta. Saiba quem pode e quem não pode usar – e qual a melhor opção para seu tipo de rosto e cabelo
A franja chegou com tudo e está por toda parte – nas novelas, no cinema e, já tomando as ruas. Na Europa, é must desde o verão passado. E no Brasil, como vai ser? Conversamos com o hair stylist Átila Rithiery, brasileiro que tem um salão na Europa, sobre as tendências e como escolher o melhor tipo de franja para o seu cabelo.
Existem vários tipos de franja, desde as mais compridas e diagonais até as mais retinhas e bem curtinhas. A clássica é aquela em que o cabeleireiro se baseia no fim das sobrancelhas, traçada por trás das orelhas até a parte superior da cabeça, formando um triângulo. “Essa franja clássica é a que nunca sai de moda. É a da vilã da novela ‘Duas Caras’, a Alline Moraes”, diz Átila. “Essa franja é mais pesada, fica em cima da sobrancelha. Ela fecha o rosto e deixa o nariz mais aparente, por isso não convém para quem tem nariz grande. Para quem tem o rosto ‘gordinho’ também não fica legal, porque a franja vai aumentar ainda mais.”
Regras clássicas x bom senso
As regras clássicas de se escolher o tipo de franja, todo mundo já sabe: diagonal para rosto quadrado; desfiada para rosto redondo; longa para rosto oval. Mas elas não adiantam nada se não levar em conta o tipo de cabelo em questão. Cabelos crespos, por exemplo, não vão ficar bons com franja. Os cabelos ondulados aceitam uma franja, desde que longa. Outro caso: uma pessoa pode ter o rosto oval e fazer uma franja diagonal (que seria o indicado), mas se seus cabelos forem muito escorridos, o resultado pode ser um desastre.
Mesmo um cabelo liso, geralmente reconhecido como o melhor para uma franja, pode ser um problema quando não tem volume. “Se o cabelo for muito liso e sem volume, a franja faz com que ele fique com menos volume ainda”, ensina Átila.
Outro ponto a ser ressaltado é o que se chama de “costume” do cabelo. Se uma pessoa usou cabelo dividido no meio a vida toda e resolve cortar franja, não vai dar certo – ela não vai parar, a não ser que se faça uma boa escova progressiva antes. E para uma pessoa que tenha um redemoinho na parte da frente da cabeça, a resposta é: redemoinho só assenta com o peso, então quanto mais cabelo na área do redemoinho, maiores as chances de dar certo o novo corte. Nada de franjas!
O estado do cabelo também vai determinar a possibilidade (ou a falta dela) da franja. “Veja a Christina Aguilera. Ela sempre pintou demais o cabelo, e ficou muito seco, palha mesmo. Cortou franja, ficou horrível – então agora ela usa chapéu, lenço etc. para firmar a franja para frente. E o cabelo dela, pelo jeito, nasce pra trás”, avalia Átila.
Franjas curtinhas, o hit da Europa
Talvez seja o efeito (ainda) Amélie Poulain, mas fato é que as franjas curtíssimas foram o hit da Europa no verão, e agora no inverno chegam menos comportadas: mais curta no meio da testa, bem desfiada e mais comprida sobre o fim das sobrancelhas. O efeito é algo proporcionalmente mal-ajambrado, como a franja de Angelina Jolie no filme “Garota Interrompida”.
Para quem não quiser ousar e se manter no romântico corte de Amélie, dicas: invista num desenho marcante de sobrancelhas. Esta franja, curtíssima, fica bem para quem tem o rosto mais redondinho e as sobrancelhas bem desenhadinhas – até em estilo pin-up. Essa franja também é mais recomendada para quem tem cabelos volumosos.
E no caso de cabelos sem volume? Átila recomenda uma franjinha bem fina, desfiadinha, como no cabelo da Sandy, antigamente.